Ao lançar o programa Rede Cegonha, dia 28 de março, a presidente Dilma Rousseff explicou que o investimento em Saúde é primordial para o programa de combate à miséria.
Afirmou também em alto e bom som que não renunciará ao compromisso de tornar o SUS um sistema de alta qualidade.
Quanto a esse desafio, disse que não tem medo de encará-lo, pois serão quatro anos de enormes esforços, uma vez que da melhoria na qualidade do SUS depende o êxito de um das suas promessas de campanha: o combate à miséria.
Desde a gestação e o nascimento, segundo a presidenta, os brasileiros já experimentam na pele o tratamento desigual, pois não existe lugar onde a desigualdade social seja mais grave do que na área de saúde.
Na sua visão, enquanto houver desigualdade na área de saúde, “uma das mais severas”, o país não alcançará o objetivo de ser desenvolvido.
A presidenta afirmou ainda que fazer vista grossa ante essa situação de desrespeito é a mesma coisa que compactuar com a miséria e a pobreza e garantiu que não vai haver um dia em que o Governo Federal e o Ministério da Saúde não tentem melhorar o SUS.
Nesse sentido, Dilma Rousseff, esperando contar com apoio dos estados e municípios, afirmou que o governo lançará um olhar cuidadoso sobre as 44 mil unidades básicas de saúde e os 6 mil hospitais para que a qualidade e o acesso sejam assegurados à população.
Como vimos, ciência e consciência a presidente tem do problema, resta saber se terá coragem, com toda a sua equipe, de meter a mão nesse vespeiro, antro de falcatruas, abusos, desrespeito, má gestão e péssimo funcionamento do sistema.
Ou se, em nome da governabilidade, jogará toda a sujeira para debaixo do tapete, como costuma acontecer.
Algo, no entanto, já se pode esperar: se depender da colaboração de prefeituras e governos estaduais para melhorar o SUS, a presidenta pode aguardar sentada, pois em pé irá ter varizes, pois são nesses dois entes da federação onde ocorrem as maiores fraudes no sistema.
O certo é que se quiser mesmo fazer alguma coisa, se a sua palavra é prá valer e não passa de ingenuidade ou simples momento de oratória, basta determinar logo a realização de uma auditoria no sistema para constatar a quantidade de irregularidades existentes. Ou melhor, crimes, como já constataram inúmeras fiscalizações da Controladoria Geral da União.
Aqui nesse espaço, com a colaboração e atuação de militantes sociais de todo o Maranhão, iremos não só fiscalizar, como também encaminhar representações aos órgãos públicos de controle, prevenção e investigação, exigindo as providências necessárias.
Encaminharemos sempre cópia das denúncias ao Gabinete da Presidência da República, cobrando da presidenta o compromisso com a sua palavra, informando a todos e todas o que realmente foi feito.
Um comentário:
Se for para funcionar que funcione de verdade. A quantidade de unidades básicas de saúde que temos na região central do estado (Pres. Dutra, s. J. dos Basílios, Graça Aranha e outras)iniciadas suas construções e depois abandonadas, é coisa de se indignar. O SUS no Maranhão é mina de ouro para grupos de assumem o poder.
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