sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dever da cidadania brasileira I: defesa do SUS


Difícil dilema vive hoje o governo de plantão, quando tem que fazer a opção entre os pobres nas filas do Sistema Único de Saúde (SUS) e os ricos, bancos e remessas de lucros das empresas ao exterior.

O que fazer?

Agradar a todos é impossível, desagradar, quando se aproximam novas eleições, também não é mais viável, o caminho então se estreita e chega numa encruzilhada que rumo tomar?

Nada melhor do que relembrar a história, ou melhor, a triste história, como as forças conservadoras quase destruíram o maior sistema de saúde pública do mundo, contando para isso com a fraqueza, a dubiedade, a desarticulação e a fragilidade das forças do governo, que sequer conseguiram convencer a sociedade civil a se organizar.

Aliás, de tanto afirmarem que as coisas estavam sob controle, de que não se precisava mais de mobilizações populares para garantir direito, fizeram o velho jogo da direita brasileira: tirar o povo do jogo, das ruas, da posição de enfrentamento.

A história se passou assim: em 2007, uma coalizão de partidos e forças conservadoras extinguiu a CPMF no Brasil. Com isso,  R$ 40 bilhões por ano foram subtraídos do dia para a noite do orçamento federal sem que se medissem as consequências para a saúde pública. 

Resultado na ponta: piorou sensivelmente o Sistema Único de Saúde, que  interna 11 milhões de pessoas por ano, faz 3 milhões de partos, 400 milhões de consultas. 

O gasto per capita com saúde no Brasil que já era insuficiente, caiu, ficando sete vezes inferior ao da  França ou o do Canadá.

Para os conservadores pouco importou, já que a política neoliberal é destruir, privatizar o sistema, tornar o direito à saúde uma mercadoria, pagando-se pelo atendimento e sujeito às variações do mercado.

O jogo da mídia nativa fez a cabeça, formou a consciência, recrutou os soldados para a guerra, alegando que a contrapartida vantajosa viria da redução do ‘custo Brasil', com isso todos iriam ganhar na ponta, no preço final dos produtos, mensagem que atraiu e atrai por demais a classe média brasileira, ansiosa e disposta a consumir desenfreadamente.

Na verdade, não passou de uma grande mentira, pois não há registro de abatimento de preço vinculado a essa decisão, como é costume acontecer no Brasil.

Na realidade, a taxa irrisória de 0,37% sobre o cheque penalizava apenas
grandes transações, além de dificultar a circulação do dinheiro ilegal e a sonegação embutida na prática do caixa 2.

Bastou a Receita Federal fazer o cruzamento  de dados para comprovar que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil.

Nunca!

2 comentários:

Ianaldo Pimentel disse...

Defender o SUS é defeder a vida, muitos querem acabar com o sistema que a muito tempo o povo lutou para que fosse garantido na nossa constituição. Mais uma vez a corrupção tira dos pobre um direito fundamental, a saude digna, ex: os hospitais do goveno Roseana, os PSF que não funciona, para comprovar é só visitar uma comunidade.
"defender o SUS é defender a vida"
REDE DE DEFESA ,NÚCLEO DE CANTANHEDE

José Atailson P dos santos disse...

LEITORES,O GOV. BRASILEIRO TEM INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS PARA ENCONTRAR SONEGADORES E FAZÊ-LOS PAGAR O QUE DEVEM A UNIÃO. NÃO OS OBRIGA A PAGAR PORQUE NÃO QUER. NÃO É DO SEU INTERESSE. QUANTO MAIS POBRE HOUVER MAIS DISCURSOS, DEBATES PRODUZIRÃO EM ÉPOCAS ESPECÍFICAS.COM EFEITO, QUEM NÃO TEM ONDE MORAR,NÃO TEM O QUE COMER, NÃO TEM SAÚDE NEM EDUCAÇÃO VAI SABER DISTNGUIR UMA MENTIRA BEM CONTADA DE UMA VERDADE NÃO DITA.UMA COISA É CERTA: O POVO DEVERÁ RETOMAR AS RUAS PARA DEFENDER A CIDADANIA COLETIVA E IGUALITÁRIA QUER SEJA POR SAÚDE,POR EDUCAÇÃO, POR EMPREGO/SALÁRIO OU PELA RETOMADA DA SOBERANIA POPULAR. NÚCLO DA REDE DE DEFESA DE PTE. VARGAS.