Ainda não existem dados precisos sobre a quantidade de veneno que o brasileiro ingere diariamente, mas a quantidade de agrotóxico produzida, vendida e usada na agricultura como defensivo é assustadora.
Por conta do agronegócio, não existe no país qualquer tipo de regulamentação sobre o uso de agrotóxico – quantidade/qualidade, permitindo-se em nosso território até mesmo a utilização de produtos proibidos em outros países, por conta de ter sido verificado enormes prejuízos causados à saúde humana e ao meio ambiente.
Não à toa o Brasil se tornou uma terra sem lei para esses produtos. O uso sem regulamentação está associado a uma poderosa indústria, concentrada, atrelada diretamente ao agronegócio, ao tipo de capitalismo predatório e selvagem que se instalou no campo brasileiro, que agrega, além disso, a degradação ambiental, trabalho escravo ou extenuante, grilagem de terras e violência contra populações rurais, tradicionais, indígenas e quilombolas.
E pensar que o governo brasileiro financia, com dinheiro do povo, tal tipo de empreendimento!
Para os governantes, pouco interessa os resultados, os problemas para a saúde pública e para o meio ambiente. Nesse momento, o que importa é o lucro, é a exportação a qualquer custo, é o superávit primário, é a balança comercial, palavras que se estão geralmente associadas a ações sistemáticas de violação de direitos humanos.
Com raríssimas exceções, que pouco incentivo recebem do governo, essa prática do uso descontrolado de agrotóxico contaminou por completo a agricultura brasileira.
Agora está na hora do basta!
Está na hora da sociedade exigir do governo uma postura mais decidida, regulamentando o uso do agrotóxico, incriminando práticas, fiscalizando melhor o nível de contaminação dos alimentos, sob pena de se acumular problemas para as gerações presentes e futuras.
Estabelecer ainda como um dos critérios para a concessão de crédito a adequação às normas de saúde pública e proteção ambiental, até mesmo como forma de incentivar práticas alternativas ou de uso controlado, com produtos que passem necessariamente por controle de qualidade, em que se excluam aqueles de potencial dano à saúde humana e ao meio ambiente.
A seguir, artigo de Valmir Assunção, publicado na Carta Maior, sobre uma liderança incômoda que o país está assumindo: líder de ingestão de veneno.
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Um comentário:
Eu não sei o que é pior ,ver pessoas morrendo de fome ou ver pessoas morrendo envenenada, é dessa forma que estamos sendo obrigadas a viver,sem as mínimas condições de sobrevivência ,sem um mínimo planejamento que realmente beneficie a população, por isso está mais do que na hora de dá uma basta a toda essa falta de respeito com a saúde e o bem estar de nosso povo.Junte a Rede de Defesa e denuncie conosco.Virgínia, Codó
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