Todos os dias somos acordados com um novo escândalo, de quadrilhas que assaltam sem dó nem piedade os cofres públicos, retirando de lá quantias imensas, que certamente, bem aplicadas, serviriam para combater a forma desigual como esse país se construiu.
Essa penca de escândalos de corrupção que sacodem todos os dias a nossa república encontra raízes e explicações em nossa história, no costume feito regra de que o cargo público não passa de uma mina de ouro, um prêmio à pessoa que irá ocupá-lo, que certamente de lá sairá rico.
Caso contrário, o que é raro acontecer, será chamado de “besta” o resto da vida, a começar pela sua própria família, será isolado pelos amigos, correndo o risco de ser tido como louco!
Apesar de ser requisito necessário para ser ocupante de cargo público, a honestidade não é um critério rígido na escolha de representantes políticos, sequer serve como critério de desempate.
No absurdo de haver empate em votos entre Eduardo Suplicy e Paulo Maluf, caso concorressem ao mesmo cargo, o eleito seria o último, pelo critério da idade, muito embora já exista contra o mesmo uma série de informações negativas, entre as quais:
- o neologismo “Malufar”, que significa esperteza, a malandragem mais descarada, o roubo à luz do dia dos cofres do Estado associado à mentira contra todas as evidências;
- uma quantidade significativa de condenações e outra quantidade de processos ainda em tramitação e outros tantos arquivados, pelo fato do mesmo desfrutar do benefício da prescrição pela idade;
- o fato da sua prisão já ter sido decretada em mais de cem países, por lavagem de dinheiro, não podendo hoje mais sair do Brasil.
Como podemos conviver com essa incoerência gritante, quando uma pessoa é tida como bandido em mais de cem países e aqui ela ocupa o cargo público de enorme relevância, de deputado federal, cuja função é elaborar as leis?
Todo esse costume de aceitar esse estado de coisas passa pela compreensão que temos de república, o nosso pouco compromisso com o país, manifestado no nosso comportamento de condescendência, quando não conivência, com os desmandos perpetrados pelas autoridades públicas.
Some-se a isso a ineficiência das instituições estatais, tão céleres na hora de garantir a “presunção da inocência” para os malufes da vida e tão morosa na hora de julgar os inúmeros processos que dormem nos cartórios contra os “ladrões do erário”.
Na verdade esse tipo de comportamento se consolidou e precisa de uma ampla força social para destruí-lo, capaz de engendrar novos valores e responsabilidades, não só na hora da escolha dos representantes, pessoas com novos comportamentos e atitudes, mas, principalmente, no momento mais importante: o exercício constante por parte da sociedade da fiscalização, denúncia das irregularidades e exigência de punição dos culpados.
2 comentários:
Vamos acabar os malufes do Brasil, nós só podemos fazer isso. se conseguir-mos unir o povo contra estes corruptos, principalmente políticos, que são em maior número em ficar com o dinheiro público e não acontecer nada com eles. Será porquê?
Genésio
NDDC de S.B.do Rio Prêto
SÓ O POVO TEM AUTORIDADE PARA REPRIMIR E COLOCAR ESSES BANDIDOS NA CADIA QUE ROUBAM O DINHEIRO PÚBLICO,DINHEIRO ESSE QUE GARANTE SAÚDE,EDUCAÇÃO ETC, SEM ESSAS CONDIÇÕES BÁSICA NÃO É POSSIVEL TER DIGNIDADE.
POVO ORGANIZADO LUTA E VERCI.AS REDES E FÓRUNS CONTINUARÁ ACREDITANDO NA ORGANIZAÇÃO DO POVO.
REDE DE DEFESA,NÚCLEO DE CANTANHEDE
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