quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O povo na rua, a luta continua!


Cerca de 20 mil ativistas de vários campos da esquerda participam de uma marcha em Brasília nesta quarta-feira.

A manifestação promete tomar conta de Brasília, passando pela Praça dos Três Poderes, com ato de encerramento em frente ao Congresso Nacional, mostrando toda a insatisfação com o modelo de desenvolvimento implantado no país.

Confirmaram presença o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), o MAB (Movimento dos Atingidos pelas Barragens), a Via Campesina, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), o MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade), as centrais sindicais CSP-Conlutas e Intersindical, além de sindicatos e entidades estudantis.

Cada entidade tem reivindicações específicas, mas há uma pauta unificada. Entre as exigências estão o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, a recomposição do orçamento federal, o uso de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação, o veto às mudanças do Código Florestal e a realização da reforma agrária.

Nesta terça-feira (23), houve reunião entre a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, momento em que 30 representantes dos movimentos sociais que integram a Via Campesina - entre eles o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), apresentaram a pauta de reivindicações.

Segundo a assessoria do MST, o governo federal ficou de dar uma resposta às exigências dos trabalhadores até sexta-feira (26).

Está também agendado reunião, na sexta, com o Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria-Geral da Presidência sobre o endividamento dos pequenos agricultores e assentados da reforma agrária.

Os movimentos deram início à Jornada de Lutas, nesta segunda feira (22), com atos e ocupações de fazendas e prédios públicos em 16 Estados e no Distrito Federal.

As ações devem continuar acontecendo até o final da semana. Cerca de 4.000 camponeses permanecem acampados no ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

Na reunião com a Secretaria-Geral da Presidência, os movimentos entregarão uma lista que reúne seis reivindicações emergenciais, além de 12 medidas de médio prazo e 12 propostas estratégicas permanentes.

As reivindicações estão reunidas em um documento intitulado “O que queremos do governo Dilma”.

Reivindicações da agenda comum dos movimentos sociais:

- Fim do fator previdenciário
- Redução da Jornada de trabalho sem redução salarial
- Recomposição dos cortes do orçamento
- Combate à corrupção
- Suspensão do pagamento da dívida externa e interna
- Em defesa da educação e da saúde pública
- 10% do PIB para a educação
- Em defesa do direito à moradia digna
- Reforma agrária
- Contra o novo Código Florestal
- Contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais

Cansados do “silêncio dos contentes”, da pauta da governabilidade, da estabilidade econômica, que endivida os pobres e aumenta a riqueza dos ricos, os movimentos reavivam o seu leito natural: a luta de rua!

Como diz a canção de César Teixeira: com as bandeiras nas ruas, ninguém pode nos calar!

2 comentários:

José Atailson P. dos Santos disse...

É saudável ler as matérias postadas neste blog porque refletem a luta social organizada, a qual impõe a sua agenda ao (s) Governo Federal e aos Gov. Estaduais evidenciando seus interesses e necessidades vitais. Pauta cumum, interesses e necessidades comuns.Exercer a cidadania ativa é gantia de vida sadia, abundante e segura para todos,primeiramente, para os pobre. Na rua a luta continua por moradia,educação, saude,trabalho e salários justos,reformas agrária, combate sem trégua à corrupção e aos corruptos, moralidade no serviço público,democratização do judiciário e mais participação popular. PRESSÃO neles e/ ou nelas? Em ambos. Sem trégua.José Atailson P. dos Santos, de Pte. Vargas. jtailson@hotmail.com

Ianaldo Pimentel disse...

Companheiros, acidadania é exercida nas ruas, com bandeiras nas mãos e ecoando o grito de liberdade,justiça e fraternidade.
"TODO" o poder emana do povo...
a luta precisa avançar para o Brasil crescer.
REDE DE DEFESA, NÙCLEO DE CANTANHEDE